O que é a transcrição de imóveis em matrícula?

Escrito por Rachel Koerich
Publicado em 17 dez 25
Funcionário de cartório analisa atentamente um documento em um ambiente institucional, com iluminação suave e natural

A transcrição de imóveis em matrícula é um tema comum em processos imobiliários mais antigos e costuma gerar dúvidas, principalmente quando o proprietário precisa regularizar a situação do bem.

Esse procedimento está diretamente ligado à forma como os imóveis eram registrados antes da adoção do sistema de matrícula única.

Muitos imóveis ainda constam apenas como transcrição nos cartórios, o que pode dificultar vendas, financiamentos, inventários e outras operações legais.

Neste conteúdo do Documentos VC, você vai entender exatamente o que é a transcrição de imóveis em matrícula, por que ela é importante e quais problemas podem surgir quando essa regularização não é feita.

O que é a transcrição de imóveis em matrícula?

A transcrição de imóveis era o modelo de registro utilizado no Brasil antes da criação do sistema de matrícula, que passou a ser obrigatório a partir da Lei nº 6.015/1973.

Nesse sistema antigo, cada ato envolvendo o imóvel era registrado de forma sequencial em livros, sem uma ficha individual que reunisse todo o histórico do bem.

Com a implantação da matrícula, cada imóvel passou a ter um número único, onde constam todas as informações relevantes, como localização, proprietários, ônus, averbações, hipotecas e alterações ao longo do tempo.


A transcrição de imóveis em matrícula ocorre quando um imóvel que ainda está registrado apenas no sistema antigo precisa ser atualizado para o modelo atual.

Esse procedimento normalmente é exigido quando há transferência de propriedade, como compra e venda, doação, inventário ou financiamento imobiliário.

Ao realizar essa conversão, o cartório cria uma matrícula individual para o imóvel, transferindo as informações da transcrição antiga para o novo registro.

Qual a diferença entre transcrição e averbação na matrícula?

A transcrição e a averbação são atos registrais diferentes, embora ambos ocorram no Cartório de Registro de Imóveis.

A transcrição é o modelo antigo de registro, utilizado antes da criação do sistema de matrícula.

Nela, os registros eram feitos em livros, sem uma ficha individual para cada imóvel, o que dificultava a visualização completa do histórico do bem.

Já a averbação é um ato realizado dentro da matrícula do imóvel e serve para atualizar ou complementar informações que não alteram a titularidade da propriedade.

Por meio da averbação, são registrados fatos como construção, demolição, mudança de estado civil do proprietário, instituição ou extinção de usufruto, penhoras, entre outros.

Quais cuidados tomar ao transcrever imóvel na matrícula?

Ao transcrever um imóvel para a matrícula, alguns cuidados são fundamentais para evitar erros e atrasos no processo.

O primeiro deles é verificar se toda a cadeia de titularidade está correta, garantindo que não existam lacunas ou inconsistências nos registros anteriores.

Também é importante conferir a descrição do imóvel, como localização, área, confrontações e características físicas.

Qualquer divergência entre a descrição antiga e a situação atual pode exigir ajustes, retificações ou apresentação de documentos complementares.

Outro cuidado essencial é analisar a existência de ônus ou restrições, como hipotecas, penhoras ou usufrutos, que devem ser corretamente transportados para a matrícula.

O que acontece se não transcrever o imóvel na matrícula?

Não realizar a transcrição de imóveis em matrícula pode gerar diversos problemas legais e práticos.

Um dos principais é a dificuldade para vender o imóvel, já que compradores, bancos e cartórios costumam exigir a matrícula atualizada para formalizar a negociação.

Além disso, imóveis sem matrícula podem enfrentar obstáculos em processos de financiamento, pois instituições financeiras exigem a matrícula como garantia jurídica.

Outro risco é a insegurança jurídica, sem matrícula, torna-se mais difícil comprovar a cadeia de titularidade do imóvel, o que pode abrir espaço para disputas, questionamentos ou até fraudes.

Em muitos casos, o problema só é identificado quando o proprietário tenta realizar algum ato formal com o imóvel, o que pode gerar atrasos, custos adicionais e necessidade de regularização emergencial.

Regularizar a transcrição de imóveis em matrícula é um passo fundamental para garantir segurança jurídica, facilitar negociações e evitar problemas futuros.

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  • Rachel Koerich

    Jornalista com experiência em comunicação digital, criação de conteúdo para materiais institucionais e assessoria de comunicação!

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